O delator Luiz Fernando Nave Maramaldo, da NM Engenharia, afirmou ao Ministério Público Federal ter sido coagido a pagar propina ao PT por José Antonio de Jesus, gerente de suporte do Norte-Nordeste da Transpetro, subsidiária da Petrobras. "O acerto era relacionado ao PT", disse o colaborador, que foi interrogado no dia 19 de agosto em Curitiba. Maramaldo narrou aos procuradores que, ao ser abordado por José Antonio, comentou que os pagamentos já eram feitos a Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. O gerente da subsidiária então respondeu, segundo o depoimento: "Sérgio Machado era do PMDB e ele, José Antonio, era do PT; então, os pagamentos tinham de ser feitos mesmo assim".
Maramaldo afirmou ter ouvido também do representante da subsidiária que a vida da NM Engenharia poderia ser dificultada caso não fossem feitos os repasses. O colaborador não apontou quem no PT seria beneficiado.
Na semana passada, Maramaldo foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República juntamente com os senadores do PMDB Renan Calheiros, Romero Jucá, Valdir Raupp, Garibaldi Alves, além do ex-presidente e também peemedebista José Sarney por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo obras da Transpetro. Como Maramaldo fez delação com o MPF, sua pena na denúncia deve se restringir ao previsto no acordo.
José Antonio não foi localizado pela reportagem.
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