A
falta de profissionalização da administração pública dos municípios, levou o
caos administrativo e financeiro a quase todas pequenas,médias e grandes
cidades brasileiras, que não se renovaram e não conseguiram se adaptar á nova
legislação que fiscaliza os atos da administração governamental.
Ao
invés de investirem em treinamento dos seus servidores e na contratação de
profissionais especializados em administração pública, os prefeitos entendem
ser esse investimento desnecessário e acabam levando o caos ás suas
administrações e sérias conseqüências ás suas vidas políticas e pessoais.
Como
um péssimo exemplo do que hoje acontece no país, temos no estado da Bahia, noventa e cinco por
centos dos seus municípios , inadimplentes com o governo federal e assim
impedidos de obterem recursos para investimentos, por não terem cumprido as
obrigações legais a que estão sujeitos, gerando prejuízo á população, já que as
cidades ficam impedidas de captar recursos para investirem em saúde, educação,
segurança, assistência social , entre outras áreas vitais para o
desenvolvimento da sua população.
Se
bem administrassem, ainda assim hoje é inviável financeiramente a administração
das nossas comunas, bastando observar o seguinte quadro de despesas ante ás
minguadas receitas que arrecadam, existindo alguns que dependem exclusivamente
do Fundo de Participação dos Municípios e do ICMS , transferências
constitucionais vindas da União e do Estado, não gerando quase nenhuma receita
própria, com a pífia arrecadação dos imposto da sua competência, via de regra
concedendo isenções com fins eleitoreiros, á caça de votos.
As
prefeituras gastam no mínimo e de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal,
cinqüenta e quatro por cento da sua receita com o pagamento dos seus
servidores.
São
obrigados a gastarem mais vinte e cinco por cento em educação e cultura, mais
quinze por cento em saúde, até sete por cento com transferências para o Poder
Legislativo, e onze por cento da sua
receita com a previdência social
incidente sobre a sua folha de pagamento.
Uma
simples conta de somar, já evidencia que com tais percentuais, as Prefeituras
já iniciam suas gestões no vermelho, já que a soma alcança o índice de cento e
doze por cento da receita total arrecadada.
Somente
isso, levaria os municípios por não
terem capacidade financeira, deixarem de pagar alguns dos seus compromissos ,
levando-os a inadimplência e o descumprimento dos limites impostos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.
O
mais grave, é que a inclusão das Prefeituras no rol dos inadimplentes, não se
dá apenas por causas financeiras.
A
inclusão destas no Cauc (cadastro único de convênios) o que impede que os
municípios recebem verbas federais através de convênios, a
maior inadimplência, se dá por
motivos administrativos.
A
má gestão dos negócios municipais, levam as prefeituras á falência simplesmente
por falta de pessoal qualificado e de profissionais especializados na sua
administração .
Esta
falha na gestão dos governos, levará a mais de setenta por cento das
prefeituras da Bahia, à rejeição das suas prestações de contas e por conseqüência a inelegibilidade dos seus
prefeitos, que ficarão impedidos de concorrer por oito anos, após cumprirem o
atual mandato.
A
única solução é profissionalizar a administração dos municípios, pois se isso
não acontecer em breve não teremos mais prefeitos para gerir os negócios
municipais, pois estarão todos inelegíveis!
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