Reafirmando a tese de que será a representante do PSB na disputa pela sucessão estadual em 2014, a senadora Lídice da Mata, presidente estadual do PSB, deu mais uma estocada nos seus aliados petistas, que a todo momento se colocam como os mais legitimados para emplacar o nome que encabeçará a chapa majoritária.
Questionada sobre sua polêmica declaração de que seria o plano A do governador Jaques Wagner, a socialista voltou a reiterar que essa situação surgiu a partir de uma entrevista dela, ocasião em que foram citados vários nomes e ela brincou ao dizer que o dela poderia ser o plano A.
Contudo, afirmou não ter dúvidas de que sua candidatura poderia diminuir os conflitos na base aliada e, por tabela, unir forças. “Posso não ser a predileção de muitos, mas não tenho a rejeição de nenhum dos partidos porque tenho boa relação e integro esse projeto desde o nascimento”, ressaltou.
Mais além, quando o assunto foi a sucessão presidencial, que conta com a possibilidade de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), lançar candidatura e concorrer com a presidente Dilma Rousseff (PT), a senadora, embora tenha tirado de questão uma ruptura com o governador Jaques Wagner, não deixou de frisar que “o PT, no âmbito geral, deveria perder o vezo de partido único no fundo. A unanimidade total não gosto. Pode ser que dê certo, mas não me cheira bem, mas vamos lá”.
Dando continuidade às discordâncias com as estratégias adotadas pelo Partido dos Trabalhadores, pontuou que o fato de a Bahia ser sempre guiada pelo cenário nacional pode mais uma vez influenciar no resultado das eleições. “Muitas vezes o nacional se confronta com o estadual. Mas, essa característica da Bahia me faz provinciana, e, apesar do PT ter essa visão nacional, peca na falta da visão regional mais sólida. Isso se comprovou na eleição para prefeito, que perdemos por duas vezes, e penso muito que o planejamento tem que estar baseado nas relações concretas. Por isso, não vejo uma impossibilidade de alianças se Eduardo Campos for candidato a presidente”.
A senadora fez ainda uma análise sobre a tão falada relação entre o prefeito ACM Neto (DEM) e o governador. De acordo com Lídice, a boa relação entre eles tem focos diferentes. “Um é institucional, pois ambos devem se preocupar com o bem-estar da cidade, e o outro é político, que diz respeito ao projeto e ideais, e o fato de sermos oposição não quer dizer que não conversemos. Fui colega de Neto na Câmara e conversávamos”, destacou
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