terça-feira, 4 de novembro de 2014

P.T. DIZ QUE NÃO ABRE MÃO DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


Eduardo Cunha conversa com líderes de outros partidos para angariar apoio: alternância não é 'estatutária' ( Bruno Peres/CB/D.A Press)
Eduardo Cunha conversa com líderes de outros partidos para angariar apoio: alternância não é "estatutária"

O PT bateu o pé e lutará para manter o rodízio na Presidência da Câmara, acordado em 2010 com o PMDB. Com o fim do mandato do peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN), o próximo presidente deveria ser petista. Mas o deputado Eduardo Cunha (PMDB) já avisou que a alternância não é “estatutária” e se antecipou ao lançar o próprio nome à Presidência. Enquanto Cunha conversa com líderes de outros partidos para angariar apoio, o presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, tenta apaziguar os ânimos e unificar o partido.

Ontem, em Brasília, a Executiva Nacional do PT analisou a disputa. “Nós sabemos das movimentações do PMDB. Nós respeitamos a pretensão de qualquer pessoa. Qualquer deputado tem direito a ser candidato a presidente”, desconversou o líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP). Ele defendeu o rodízio, no entanto, e anunciou que o tema será debatido novamente hoje. “O que nós queremos é que se mantenha a tradição de um acordo que ocorre entre os maiores partidos. A penúltima foi do PT, a última do PMDB. Então, se mantiver o acordo, a próxima será do PT”, explicou.

Também esteve na reunião o vice-líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), que tem pretensões de se lançar candidato à Presidência, embora os nomes mais cotados sejam de Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS). O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu a “legitimidade” da candidatura petista e disse que as únicas discordâncias no partido são quanto ao momento do lançamento de um nome. “Nós ainda estamos em novembro e essa discussão é para o ano que vem. Qualquer decisão antes do tempo pode ser precipitada”, ponderou Vicentinho. “Como manda a rotina do Parlamento, a maior bancada tem o direito de indicar o presidente”, ressaltou o presidente do partido, Rui Falcão. Ele lembrou ainda que Cunha “precisa fazer maioria para ser presidente

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