A proposta de cobrar por procedimentos do Sistema Único de Saúde foi uma das mais criticadas desde que as medidas foram divulgadas. Na nova versão, Renan fala em "regulamentar o ressarcimento, pelos associados de planos de saúde, dos procedimentos e atendimentos realizados pelo SUS". Sobre o Mercosul, o novo documento afirma que é necessário acabar com a união para que o "Brasil possa firmar acordos bilaterais ou multilaterais sem necessariamente depender do apoio dos demais membros" da comunidade.
Foi incluído ainda um quarto eixo de propostas chamado de "reforma administrativa do Estado", em que Renan sugere a redução do número de ministérios, estatais e cargos comissionados, além de outras cinco medidas. Segundo o presidente do Senado, as novas propostas foram feitas após debate com outros senadores.
Após a reunião, o ministro Joaquim Levy falou com a imprensa sinalizando otimismo com a "convergência" entre governo e Senado. Levy disse que o ajuste fiscal e o realinhamento de preços "começam a tirar o país de uma rota de vulnerabilidade" e a "reverter os quadros mais pessimistas". Segundo o ministro, as propostas que têm maior potencial de serem votadas rapidamente são as de redução das desonerações, repatriação de recursos do exterior e a reforma do ICMS - as três medidas devem ajudar o governo encorpar o ajuste fiscal.
O ministro da Fazenda não poupou afagos a Renan. "O presidente (do Senado) consolidou um passo extremamente importante. É uma agenda que ele construiu com o Senado que tem uma grande afinidade com as expectativas e necessidades do Brasil neste momento", afirmou. Segundo o ministro, o Senado construiu alternativas que têm grandes chances de serem executadas, como a votação da redução das desonerações. "Há uma convergência de que devemos começar com o que já vem sendo discutido há algum tempo. Temos a regularização das fortunas no exterior, a tributação e, quando é o caso, o pagamento de multas", disse Levy
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