domingo, 23 de março de 2014

AÉCIO E CAMPOS CRITICAM GOVERNO PELA COMPRA DE REFINARIA NOS EEUU

Aécio considerou um 'ato de covardia' do governo a demissão de um executivo da Petrobras na sexta-feira (George Gianni/PSDB)
Aécio considerou um "ato de covardia" do governo a demissão de um executivo da Petrobras na sexta-feira

Embora com posições distintas em relação à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, os pré-candidatos do PSDB e do PSB à presidência, Aécio Neves (MG) e Eduardo Campos (PE), criticaram ontem o governo por conta do episódio. Em Salvador, Campos lembrou que, em três anos, a estatal vale três vezes menos do que valia em 2010. “Às vezes, fico seriamente desconfiado se isso não faz parte de um plano para desvalorizar e vender a Petrobras.” Já Aécio criticou, em Campos do Jordão (SP), o aparelhamento do PT, que está, segundo ele, dilapidando patrimônios públicos, como a Petrobras e a Eletrobras. “Queremos reestatizar a Petrobras, tirá-las das mãos de um partido político que vem dilapidando este patrimônio do povo brasileiro”, frisou.

Os dois prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff em outubro, contudo, divergem quanto às propostas de investigação. O tucano tentará mobilizar, a partir da próxima terça-feira, a oposição no Congresso para a instalação de uma CPI Mista, apesar de vozes dissonantes dentro do próprio PSDB. Já Campos acha cedo para criar uma CPI. “Temos de ter tranquilidade para cumprir as etapas necessárias. Isso para que, depois, não venham fazer leituras equivocadas, de que estamos nos valendo (politicamente) de uma situação de constrangimento do governo, mesmo que tenha sido gerada pelo próprio governo”, ponderou ele.

Além de possíveis efeitos políticos, o governador de Pernambuco teme que uma CPI, mal conduzida, possa prejudicar a própria empresa. “Minha preocupação, neste momento, é não deixar a Petrobras vulnerável, é preservar a empresa por tudo o que ela significa para o Brasil e para a economia brasileira”, completou. “A gente tem esse tipo de preocupação, que não haja uma disputa política sobre o tema.

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