terça-feira, 25 de março de 2014

NO BRASIL A POPULAÇÃO CARCERARIA AUMENTOU 400 POR CENTO


Presídio Central de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é retrato de superlotação e sistema prisional falho. Facções criminosas dominam o local
Presídio Central de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é retrato de superlotação e sistema prisional falho. Facções criminosas dominam o local (Reprodução)
Dados do Ministério da Justiça mostram o ritmo crescente da população carcerária no Brasil: entre janeiro de 1992 e junho de 2013, enquanto a população cresceu 36%, o número de pessoas presas aumentou 403,5%, reporta a Agência Brasil. De acordo com o Centro Internacional de Estudos Penitenciários, ligado à Universidade de Essex, no Reino Unido, a média mundial de encarceramento é 144 presos para cada 100.000 habitantes. No Brasil, o número de presos, com base na mesma comparação, explode para 300.
O diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, Augusto Eduardo Rossini, explicou que o aumento de esforços de segurança pública é um dos fatores determinantes para o grande número de presos no Brasil. “Houve um esforço grande no sentido do aparelhamento das polícias, para elas terem mais eficácia, não só eficiência”. Atualmente, são aproximadamente 574.000 pessoas presas no Brasil. É a quarta maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (2,2 milhões), da China (1,6 milhão) e Rússia (740.000). 

Dentro dos presídios tornou-se rotineiro encontrar condições precárias e sub-humanas. Falta de espaço, de higiene, doenças em série, profissionais mal treinados e corrupção são constantes no sistema prisional brasileiro. A violência é, sobretudo, um dos grandes desafios dos gestores do setor. Na outra ponta do problema estão aqueles que mantêm os presídios funcionando, e que também têm queixas a fazer. “Fica uma categoria sem valorização, sem prestígio, sem uma atribuição definida. Cada Estado pode inserir ou retirar atribuição, passar a atribuição para uma outra categoria que não deveria fazer. Então, nós precisamos de uma organização maior, em nível federal, do sistema prisional do país”, analisou o presidente do Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal, Leandro Allan

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