segunda-feira, 24 de março de 2014

GOVERNO INVENTA SUPERAVIT PARA SAIR DA CRISE

Governo usa recurso carimbado no superávit
Cerca de R$ 16 bilhões usados pelo governo federal no ano passado para pagar o serviço da dívida pública, o chamado superávit primário, vieram de fundos e contribuições que têm recursos carimbados para projetos educacionais, culturais e tecnológicos. Dados compilados pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostram que cerca de 20% dos R$ 75 bilhões apresentados pelo governo central como superávit vieram do represamento desses fundos. Isso não significa que o Executivo deixou de fazer os aportes nas áreas mas, segundo especialistas, é um indicativo do adiamento das despesas para o ano seguinte, o que, na prática, ajuda na meta fiscal. O governo efetivamente cumpriu as metas fiscais desde a chegada de Dilma Rousseff à Presidência. Economistas e investidores, no entanto, criticam os resultados, especialmente dos últimos dois anos, por não conter economia de recursos e sim manobras contábeis para atingir os resultados. "Os dados da contabilidade evidenciam que nem tudo que foi arrecadado foi aplicado. Ou seja, se depura que não foram destinados para os fins previstos na legislação", argumentou o economista José Roberto Afonso, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). "Na prática, parte do arrecadado ficou no caixa." Segundo números do Sistema de Acompanhamento Financeiro (Siafi), o banco de dados do orçamento federal, o governo engordou o superávit com verbas de ao menos sete fundos, contribuições ou receitas carimbados. A prática não é nova e, de acordo com especialistas, é utilizada desde antes dos governos petistas

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