Copom, presidido por Alexandre Tombini, se reúne nesta semana para decidir sobre Selic (Ueslei Marcelino/Reuters)
Analistas consultados pelo Banco Central elevaram suas estimativas para a inflação neste ano. Segundo mostra o relatório semanal Focus, divulgado nesta segunda-feira, a expectativa média para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,28% para 6,30%, aproximando-se ainda mais do teto da meta oficial, de 6,5%. O número é também maior do que a expectativa do BC para o ano, de 6,1%, divulgada no Relatório Trimestral de Inflação na semana passada.
Mesmo assim, os economistas mantiveram sua perspectiva para a Selic, taxa básica de juros, neste ano em 11,25%. A perspectiva para a inflação é um dos componentes que mais pesam na avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) em suas reuniões periódicas, em que são definidos os rumos da taxa de juros do país. A próxima acontecerá nesta terça e quarta-feira e a expectativa é de que o Copom eleve ainda mais os juros - que estão em 10,75% - diante de uma inflação persistente. Para 2015, o mercado manteve também sua expectativa média para o IPCA e para a Selic em 5,80% e 12% ao ano, respectivamente.
Ainda segundo o Banco Central, o mercado diminuiu de 1,70% para 1,69% sua estimativa média para o crescimento da economia brasileira neste ano. Para 2015, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não foi alterada, permanecendo em 2%.
No Relatório Trimestral de Inflação, o BC projeta alta de 2% para o PIB neste ano, menor que o resultado de 2013 (2,3%) e mais baixo também do que a estimativa da Fazenda, de 2,5%
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