A prática de desviar dinheiro de contratos milionários para campanhas políticas ou diretamente para o bolso de políticos corre o risco de crescer, frustrando quem espera uma grande depuração moral depois do escândalo da Petrobras, o maior até hoje envolvendo uma estatal. “Esse temor sempre faz sentido. O maior problema é que o número de cargos é muito grande e os partidos não têm quadros”, afirmou a professora de Ciência Política Andréa Freitas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Falcatruas
A estratégia é, em larga medida, uma resposta à derrota política fragorosa na eleição para presidente da Câmara, com a eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que disputou o cargo com Arlindo Chinaglia (PT-SP). As estatais preferidas pelos parlamentares são a Eletrobras e os Correios, que, embora não se envolvam em obras tão caras, têm grandes licitações de compras de insumos. É também o caso da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Algumas dessas empresas foram palco de falcatruas recentes (leia quadro)
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