Governo busca aumentar base de apoio na Câmara dos Deputados (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados/VEJA)
Diante de uma base governista desarticulada e a cada dia mais rebelde, o Palácio do Planalto decidiu montar uma tropa – ao estilo petista batizada de “fórum de sustentação da governabilidade” – para liderar uma ofensiva pela aprovação de seus projetos prioritários, que incluem medidas impopulares para promover ajustes fiscais no país.
A iniciativa também é uma tentativa de enfraquecer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem acelerado a tramitação de projetos e conduzindo a Casa de forma "independente" das vontades do governo. A medida foi tomada um dia após a aprovação do Orçamento Impositivo à revelia do Planalto. Agora, as preocupações são a articulação pela derrubada do veto que impediu a correção da tabela do imposto de renda em 6,5%, como propôs a oposição, e a formação de CPIs para a investigação de empresas públicas, como a Petrobras.
À frente da tropa estará o novo líder do governo, José Guimarães (PT-CE), irmão do mensaleiro José Genoino. Segundo ele, o grupo de deputados foi formado para “repartir os ônus e os bônus de ser governo” e para "segurar a onda". “Há um desafio de recomposição da base e vamos dialogar com o governo. Foi uma boa largada que demos antes do Carnaval”, disse.
Foram nomeados para a vice-liderança do governo os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI), Ricardo Barros (PP-PR), Zé Rocha (PR-BA), Luiz Carlos Busato (PTB-RS) e Antônio Bulhões (PRB-SP), Carlos Zarattini (PT-SP), Paulo Magalhães (PSD-BA), Hugo Leal (Pros-RJ), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Silvio Costa (PSC-PE)
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