Em meio a denúncias sobre o suposto envolvimento de pouco mais de 40 políticos no esquema de distribuição de propinas na Petrobras, processos contra autoridades ainda estão longe de serem concluídos no Judiciário. Quase três anos depois de a Polícia Federal deflagar a Operação Monte Carlo, os inquéritos estão parados. O objetivo da maioria das ações é avaliar a participação de autoridades em negócios ilícitos do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O contraventor foi condenado a 39 anos e 8 meses de prisão pelo juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia, Alderico Rocha, em dezembro de 2012. Mas recorre em liberdade e não há notícia de prazo para julgamento do recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Apesar disso, Cachoeira passou nove meses preso antes da condenação.
Citado nas investigações, o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) responde a inquérito no STJ. Até agora, no entanto, o caso não virou denúncia ou teve o arquivamento pedido. O Ministério Público não montou uma linha acusatória consistente. Como Agnelo não foi reeleito no ano passado, e perdeu o foro privilegiado, o caso deve ser remetido à Justiça de primeira instância.
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