Dos 39 titulares da Esplanada, os que mais apareceram até o momento foram os integrantes da equipe econômica: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central). “É natural que isso aconteça. Os números da economia, não são bons e o ajuste, com a correção de rumos na economia precisa ser feito. Por isso, eles tornaram-se os protagonistas neste período inicial”, explicou um dos ministros mais próximos à presidente Dilma.No Congresso, a percepção não é bem essa. “O que está faltando nesse governo é política. Sem ela, nada funciona”, vaticinou um senador petista. “Já vi governos péssimos do ponto de vista administrativo que se sustentaram apenas politicamente. E obtiveram êxito”, lembrou o parlamentar. “Dilma está errando tanto porque ela nunca foi congressista, nunca organizou uma campanha política, nunca precisou passar o chapéu em busca de financiamento”, resumiu. “A conversa é a essência da política”, completou.
No encontro que teve na última quinta-feira com o ex-presidente Lula, Dilma ouviu a recomendação de que liberasse os ministros para conversar com os congressistas para “sentir a temperatura e os ânimos da base”. Na prática, isso seria transformar em realidade os planos feitos pela própria presidente, ao compor, em dezembro, uma equipe ministerial, em tese, com mais capacidade de diálogo com os setores que representam e mais habilidade para promover a negociação política com as legendas às quais são filiados
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