Aumento da conta de luz contraria reivindicações da indústria desde 2012 (Adriano Machado/Bloomberg/VEJA)
Dois encargos setoriais poderão elevar a conta de luz da indústria em até 53% a partir do mês que vem e provocar protestos na Justiça. Além do custo da energia, cada empresa localizada no Sudeste terá de arcar com mais 79 reais por megawatt-hora (MWh) para subsidiar programas sociais, pagar despesas do setor e custear a operação das termoelétricas. Essas usinas estão funcionando ininterruptamente para poupar a pouca água que restou nos reservatórios por causa da seca no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Representantes do setor industrial ainda tentam reverter a conta com a entrega de propostas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas por enquanto esse é o custo extra que as empresas terão de pagar a partir de março, caminho oposto ao que setor reivindicava desde 2012 para devolver a competitividade à indústria. Naquele ano, vários empresários pediram à presidente Dilma Rousseff medidas para baratear a conta de luz e evitar que unidades fechassem as portas.
Com a MP 579, lançada no último trimestre de 2012, a tarifa de energia caiu em média 20% no país. Mas dois anos depois os valores já voltaram aos patamares de antes, seja por causa da seca que atinge o país ou pela forma atropelada com que o processo de renovação das concessões foi feito, deixando várias distribuidoras sem contratos para atender seus consumidores e provocando um rombo bilionário no setor
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