O vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nesta terça-feira a aprovação no Conselho de Ética do parecer que determinava a continuidade das investigações contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o portal G1, a decisão fará com que o processo praticamente volte à estaca zero.
A manobra aconteceu com Maranhão acolhendo um recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS). Marun apresentou o recurso alegando que lhe foi negado a possibilidade de fazer um pedido de vista para analisar com mais tempo o processo contra Cunha, o que seria irregular.
O caso é resultado das conturbadas sessões do Conselho de Ética que analisaram o pedido de cassação de Cunha. O relator do processo, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), foi destituído da relatoria em uma manobra da Mesa Diretora, o que favoreceu Cunha. Com a destituição, o Conselho de Ética repassou a relatoria ao deputado Marcos Rogério (PDT-RO). Rogério apresentou relatório desfavorável a Cunha. Aliados do presidente da Câmara tentaram atrasar a votação, mas o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), não permitiu o pedido de vista.
O processo contra Eduardo Cunha foi protocolado no Conelho de Ética em outubro, assinada pelo PSOL e Rede, acusando o presidente da Câmara de mentir no Congresso ao dizer que não tem contas no exterior. Com a nova manobra, o processo volta à etapa de defesa prévia, para depois designar um novo relator e só então ter nova votação admitindo ou não o processo de cassação contra Eduardo Cunha
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