O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva traçou ontem, com os integrantes do Conselho Político que leva o seu nome, e à noite com a presidente Dilma Rousseff e chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, a estratégia que adotará para se defender das acusações de que tem um sítio em Atibaia e um tríplex no Guarujá (SP). Apesar de, oficialmente, o encontro — que já estava marcado desde o ano passado — ter tratado das diretrizes da instituição para este ano, a intenção das duas reuniões foi definir como os parlamentares, os movimentos sociais, o PT e o governo sairão em defesa do ex-presidente.
Quem tem conversado com o ex-presidente se espanta com o grau de abatimento do guru dos petistas. Lula estava incomodado há um tempo com os rumos do governo da presidente Dilma, mas, pessoalmente, o primeiro baque sentido por ele aconteceu em 15 de março do ano passado, quando surgiu, nas manifestações de rua favoráveis ao impeachment, uma réplica do boneco Pixuleco, com a imagem do ex-presidente vestido de presidiário. “Foi a primeira vez que ele teve a noção exata que seu nome estava atrelado às denúncias de corrupção. E percebeu que era alvo, não apenas o governo de sua pupila”, disse um aliado do ex-presidente
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