sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

ODEBRECHT PAGOU MARQUETEIRO DA CAMPANHA DO P.T.


A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga pagamentos atribuídos a subsidiárias da Odebrecht em contas, no exterior, controladas pelo marqueteiro João Santana, responsável por campanhas do PT e da presidente Dilma Rousseff. A apuração envolve as finanças dele em diversos países, entre eles a Suíça. O publicitário baiano comandou todas as campanhas  presidenciais do partido desde a reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Os dados sobre a movimentação financeira de Santana integram pacote de documentos enviados ao Brasil pela promotoria suíça em acordo de cooperação.
O inquérito que apura as finanças do publicitário foi aberto em novembro do ano passado e tramita em sigilo, em Curitiba. Ele passou a ser investigado após a Polícia Federal encontrar na casa do lobista Zwi Skornicki, ligado ao estaleiro asiático Keppel Fels, uma carta de Mônica Moura, mulher e sócia de Santana. O manuscrito indicava contas de Santana na Inglaterra e nos EUA. A informação foi revelada pela “Veja”.
Um dos focos da investigação são valores recebidos por Santana em 2014, quando o marqueteiro fez as campanhas presidenciais de Dilma, no Brasil, e de José Domingo Arias, derrotado no Panamá -país onde a Odebrecht tem diversos interesses. No momento, segundo a Folha apurou, não é possível estabelecer com certeza a origem destes pagamentos, se por serviços prestados no Brasil ou em outro país.
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Oficialmente, Santana recebeu R$ 88,9 milhões da campanha de Dilma em 2014. Outros pagamentos vinculados à campanha, se confirmados, seriam em tese caixa 2. As informações sobre a investigação foram confirmadas pela Folha com três autoridades que atuam no caso, advogados que acompanham a Lava Jato e pessoas ligadas a executivos da Odebrecht.
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Procurado pela reportagem, o advogado de João Santana, Fábio Tofic, disse que o publicitário desconhece qualquer apuração que envolva seu nome e que, inclusive, questionou formalmente o juiz Sergio Moro, que conduz a investigação em Curitiba, sobre a existência de um inquérito contra seu cliente.
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Procurada, a Odebrecht também disse que desconhece o inquérito

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