A saída de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo embaralhou o jogo não apenas em relação à parte do tabuleiro de quem conduzirá diretamente a base na votação de medidas importantes no Congresso. O pedido de demissão do ex-ministro, alvo de acusações de tráfico de influência pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero pode interferir nas peças em disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro do ano que vem. Na avaliação de interlocutores do Planalto, a depender da solução que o presidente Michel Temer encontrar para o comando da articulação política, a união ou a divisão dos parlamentares que sustentam o governo pode aumentar.
Do outro lado, o centrão buscará um nome consensual. Na próxima quinta-feira, o grupo se reunirá. Na ocasião, cada partido colocará o candidato que quer na concorrência para tentar chegar a um único nome. “A presidência da Câmara vai afunilar. Daqui a pouco, vão ter dois ou três candidatos. Vai depender de algumas dúvidas. O presidente Maia vai conseguir ou não transpor a barreira constitucional?”, questiona o líder do PSD, Rogério Rosso (DF). O deputado é um dos pré-candidatos pelo centrão e também é mencionado por assessores palacianos como um dos nomes cotados por Temer para assumir a Secretaria de Governo.
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