"O pleito da Defesa de suspensão dos interrogatórios carece de qualquer base legal, motivo também pelo qual deve ser indeferido", escreveu Moro, em seu despacho. O petista foi condenado a 9 anos e 6 meses por Moro, no processo do caso tríplex do Guarujá.
Nessa ação penal, Lula é acusado de receber R$ 12 milhões em propinas da Odebrecht, na compra de uma terreno em São Paulo, que serviria para sede do Instituto Lula, e de um apartamento no prédio em que o petista mora, em São Bernardo do Campo.
Os interrogatórios dos réus marcam a fase final de instrução dos processos. Após o termino dos depoimentos dos acusados, o juízo abre prazo para as acusações finais do Ministério Público Federal, as defesas finais dos réus, e aí começa a produzir a sentença.
A defesa de Lula requereu na quinta-feira, 17, a suspensão desse interrogatório e solicitou que o Ministério Público Federal apresentasse todas as correspondências trocadas com o Ministério Público da Suíça sobre o sistema "My Web Day" - exibindo, inclusive, a via eletrônica dos documentos para que sejam submetidos à perícia -, que era do o controle contábil do setor de propinas da Odebrecht.
Moro afirmou que "o pedido não tem cabimento". "Se o MPF alega que não dispõe da prova pretendida, a afirmação merece fé. Não cabe trazer aos autos as eventuais comunicações entre o MPF e o Ministério Público da Suíça para satisfazer as especulações da Defesa", decidiu o juiz.
"Indefiro, portanto, o requerido"
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