Ramona Rodríguez afirma que se sentiu enganada e explorada. PF nega que a tenha procurado no Pará |
O pedido de refúgio foi apresentado pelo DEM ao Conare no fim da tarde de ontem. Com o documento protocolado, a médica adquire o direito garantido de circular pelo território brasileiro até que seu caso seja julgado. “Me sinto feliz, livre e agradeço a quem me apoiou”, disse Ramona, que também pediu um visto americano para o caso de não conseguir ficar no Brasil. De acordo com o presidente do órgão ligado ao Ministério da Justiça, Paulo Abrão, há outros cinco processos de cubanos que pediram refúgio ao Brasil em análise — 71 já foram concedidos. Ao todo, estão na fila, à frente da requisição de Ramona, cerca de 1,5 mil pedidos de estrangeiros que serão julgados nas próximas duas reuniões do colegiado, uma em 24 de fevereiro e outra em março. “Mas não há prazo para que o dela seja avaliado”, afirma Abrão.
... A ideia inicial do DEM era pedir asilo político para a médica, mas, nesse caso, ela só teria direito a permanecer no Brasil após o deferimento do pedido. Já a solicitação de refúgio assegura liberdade à cubana que, ao ser descredenciada do Mais Médicos, seria uma estrangeira irregular no país. De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os médicos cubanos que estão hoje no Brasil em decorrência do Mais Médicos têm o seu visto de permanência e a licença para exercer a medicina vinculados ao projeto. “Se alguém deixa o programa, obviamente, perde essa licença para exercer a medicina e pode ter o visto de permanência cassado”, detalhou Cardozo
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