O dia de reuniões começou ainda no voo que trouxe Temer a Brasília. Antes de embarcar, ele tentou amenizar a crise. “Não é A nem B ou C, nem sou eu quem vai dizer se o partido vai para um lado ou para outro. É a convenção nacional que decide para onde vai o PMDB”, despistou. Na aeronave, ele acertou com Raupp o tom a ser adotado com a presidente. Às 18h15, o vice-presidente entrou no Palácio da Alvorada para o encontro com Dilma.
Ao todo, foram duas horas de reunião, que também contou com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ela se colocou à disposição do PMDB para acertar uma saída para os impasses nas alianças regionais, mas cobrou do PMDB que controle a rebelião na Câmara até a volta da viagem ao Chile para a posse de Michele Bachellet — o retorno está programado para a quarta-feira, mas pode ser antecipado. Ela ainda acenou com uma nova reunião até o fim da semana, para tratar da reforma ministerial.
Isolamento
Hoje, a presidente terá reuniões com Raupp e os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e do Senado, Renan Calheiros (AL), além do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Além de mais um ministério para os peemedebistas, os maiores conflitos entre PT e PMDB estão na definição de palanques de cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul. O encontro com os senadores está marcado para às 9h30. Os deputados entram às 10h30. A movimentação de Dilma, no entanto, mostra que o Planalto segue com a estratégia de isolar Eduardo Cunha de qualquer decisão referente à reforma ou às composições estaduais
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