Dilma Rousseff se reúne nesta quarta com empresários para tentar "reconquistar" confiança (Reuters)
Na reunião do Fórum Nacional da Indústria, transferida da sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Palácio do Planalto a pedido de Dilma, a presidente deve atender parte das reivindicações feitas pelo setor produtivo no fim de maio. E também sinalizar com medidas futuras, sugerindo um eventual apoio à sua reeleição. É o terceiro encontro com empresários em um mês.
Dilma deve anunciar alterações no chamado Refis, reduzindo o "pedágio" exigido para a adesão ao programa de refinanciamento de dívidas fiscais, além de comunicar a retomada do programa de devolução de parte dos impostos pagos por exportadores (Reintegra).
A presidente também deve anunciar a extensão, até o fim de 2015, do Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), criado em 2009 para conter a crise financeira global, que já desembolsou 283 bilhões de reais até abril deste ano com juros subsidiados pelo Tesouro. Além de criar uma linha de financiamento à renovação do parque fabril.
Parte dessas medidas entraria em vigor somente em 2015, o que selaria um pacto do governo com empresários satisfeitos. Há três semanas, Dilma anunciou a manutenção da desoneração da folha de pagamentos para 56 setores, o que deve custar 21,6 bilhões de reais neste ano.
A equipe do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ainda trabalhava na tarde de terça-feira, nos últimos detalhes das medidas. "Vão ser anunciadas amanhã. Não posso adiantar nada. Ainda estamos elaborando as medidas", disse o ministro ao chegar ao Ministério da Fazenda, em Brasília
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