O tom de animosidades recíprocas, que atingiu o ápice no fim de semana, não é um fenômeno atual. Em diversos momentos de campanhas presidenciais recentes, o espaço destinado à discussão de temas importantes para o país, seja do ponto de vista econômico, social ou político, foi ocupado por ataques pessoais entre os candidatos, empobrecendo o debate. O que chama a atenção no embate de agora é a intensidade em uma fase em que as atenções do eleitorado estão concentradas na Copa do Mundo, não na disputa eleitoral. Ainda no ano passado, a presidente Dilma Rousseff afirmou que “faria o diabo para se reeleger”, em uma frase enxergada pela oposição como um salvo-conduto para os petistas atacarem duramente os adversários na disputa eleitoral deste ano.
Ontem, por intermédio de uma rede social, o ex-presidente Fernando Henrique criticou Lula por ter partido para o ataque durante a convenção do PT paulista. “Lamento que o ex-presidente Lula tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos. Na convenção do PSDB, não acusei ninguém. Disse que queria ver os corruptos longe de nós. Não era preciso vestir a carapuça”, devolveu. “A acusação de compra de votos na emenda da reeleição não se sustenta. Ninguém teve coragem de levar essa falsidade à Justiça”, acrescentou FHC
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