PPS realizou convenção nacional para oficializar as candidaturas do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República e da ex-senadora Marina Silva à Vice-Presidência (Pedro França/Futura Press)
A “nova política” sucumbiu a velhos políticos. O PSB apoia coligações majoritárias lideradas pelo PMDB, um alvo constante de críticas de fisiologismo, em seis estados. Candidaturas a governos estaduais do PT, de quem Campos buscou se divorciar no governo federal, são apoiadas em dois estados. O PSDB, outro adversário na corrida presidencial, conseguiu apoio dos socialistas para pretendentes ao governo em quatro estados. Solidariedade, PP, PDT e PCdoB também atraíram apoio dos pessebistas para suas respectivas candidaturas próprias em quatro estados.
Essa esquizofrênica nova política tornou-se o principal ponto de crítica de adversários e de dissidentes do partido. No lançamento da sua candidatura, estranhamente, Campos criticou o "fisiologismo" do PSDB, porque, na última semana, o presidenciável tucano Aécio Neves provocou o governo federal ao dizer que partidos aliados deviam "sugar mais" antes de abandonar o PT e aderir à campanha tucana. Em diversas ocasiões, Marina e o ex-governador defenderam as confusas alianças regionais, sob argumento de que possuem motivações particulares. Em alguns dos Estados sem candidatos a governador, como o Rio de Janeiro e São Paulo, havia quem defendesse o lançamento de um correligionário socialista. Ainda assim, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, critica justamente o PMDB, o alvo favorito para apontar alianças fisiológicas, com o argumento de que no PSB os dirigentes regionais não fazem o que querem.
"Nosso partido não é o PMDB em que cada um faz o que quer nos seus estados", afirmou Siqueira
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