O governo ainda tenta digerir as traições internas, já que Chinaglia teve menos votos do que poderia na coligação partidária que o apoiou formalmente. Isso sem levar em conta o PP e o PRB, que comandam os ministérios da Integração Nacional e do Esporte, respectivamente, e apoiaram oficialmente Eduardo Cunha. A presidente Dilma Rousseff, que montou a Esplanada dos Ministérios para garantir a fidelidade da própria base de sustentação, sentiu o impacto da própria fragilidade e agora terá de ter cuidado redobrado, pois a derrota política poderá transformar-se em derrota econômica.
O ano será difícil, e é preferível, na visão de estrategistas da petista, distensionar os ânimos para não atrapalhar iniciativas legislativas importantes, como a prorrogação, por mais quatro anos, da Desvinculação das Receitas da União (DRU), e as mudanças no seguro-desemprego e nas regras de pensões (veja quadro).
Ontem, Mercadante disfarçou a derrota na Câmara, manifestando certa indiferença sobre a eleição de Cunha. “Na Câmara, houve a disputa entre as duas principais bancadas. Essa é uma Casa política. Tem votação, a gente ganha ou perde. O importante é manter o diálogo e a disposição de construção de uma agenda que o país precisa”, desconversou.
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