Não é fácil ser o senador Aécio Neves, presidente do PSDB. Neste domingo (30), o candidato de Aécio, deputado estadual João Leite, também do PSDB, perdeu para Alexandre Kalil, do PHS, um neófito na política, a disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Leite liderou a campanha eleitoral com folga até o início do segundo turno, quando foi ultrapassado e amargou sua terceira derrota em tentativas de eleger-se prefeito da cidade. Na semana passada, Aécio cancelou tudo o que podia e se dedicou à campanha de Leite em Belo Horizonte. Não deu. A disputa no segundo turno agradou à torcida do Atlético Mineiro, pois Leite foi goleiro de equipes históricas do Galo na década de 1980, e Kalil foi um vitorioso presidente do clube. Aécio, no entanto, é cruzeirense.
A derrota de João Leite é mais um fator negativo em um cenário que não tem sorrido para Aécio. Do ponto de vista mineiro, ele perde uma eleição municipal que parecia ganha desde o início, pois Leite era um candidato forte em uma disputa na qual não havia o PT; Kalil surgiu como um azarão, de um partido minúsculo, e venceu. Uma derrota assim é mais doída. E Aécio perde novamente em casa: em 2014, ele foi derrotado em Minas por Dilma Rousseff na disputa presidencial – isso apesar de ter tido duas gestões muito bem avaliadas como governador e ter feito o sucessor no cargo. Na ocasião, o resultado foi decisivo para sua derrota nacional. Apesar de não haver um político mineiro de maior expressão nacional hoje, a liderança de Aécio no Estado não parece ser tão firme.
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