terça-feira, 22 de maio de 2018

APOIO A MADURO TEM AS MÃOS MANCHADAS DE SANGUE


Hugo Chávez sonhava com um modelo socialista à Brizola – molde onde o governo interviria em setores específicos da economia, como petróleo e energia. Defendido por diversas personalidades midiáticas, assim como ainda hoje é defendido no Brasil, esse “socialismo moreno” visava controlar preços e salários, além de extensos gastos com programas sociais – tudo isso sustentado com dinheiro do petróleo. Quando o valor do barril de petróleo começou a cair, a Venezuela passou a imprimir mais dinheiro para manter a sua estrutura populista e, ao longo do tempo, gerou uma aterradora hiperinflação. Hoje, artesãos das ruas de Caracas usam bolívares para fazer objetos de dobradura – o dinheiro já não vale mais nada.
A sorte de Chávez foi ter desencarnado e deixado para seu sucessor – Maduro – as consequências sórdidas de suas políticas. Mas isto não faz de Maduro uma vítima, muito pelo contrário. O sucessor de Chávez reagiu controlando ainda mais os preços, gerando já em 2013 a escassez de produtos essenciais.
Supermercados, farmácias, fábricas de papel higiênico, varejistas de eletrônicos, e outras instalações eram invadidas pelo governo, seus bens confiscados para garantir “o abastecimento adequado ao povo venezuelano” e os empresários e comerciantes eram presos pelo regime. Tudo o que era confiscado era colocado à disposição do povo venezuelano – que no maior estilo soviético, só poderia comprar bens essenciais uma vez por semana, e para tanto enfrentava longas filas quilométricas. Grandes veículos como a Bloomberg e a BBC fizeram reportagens extensas sobre esse período, e apesar de toda a tentativa de repressão do governo Maduro, conseguiram denunciar ao mundo as atrocidades por que passavam os venezuelanos.
Até mesmo medidas completamente descabidas foram tomadas por Maduro em seu desespero: criou um “Ministério da Suprema Felicidade Social” para gerir as políticas sociais deixadas por Chávez. Adiantou o Natal em um mês para “agradar à população”

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