O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato do DEM à Presidência da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ) subiu o tom em relação ao governo de Michel Temer e disse que os deputados não irão votar aumento de impostos para dar fim à greve dos caminhoneiros.
As concessões do governo para atender às demandas dos grevistas somam R$ 9,5 bilhões até o fim do ano. Nesta segunda-feira (28), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou, em coletiva de imprensa, que uma das possibilidade estudadas para aumentar a receita era o aumento de tributação.
Nesta terça-feira (29), Maia negou a possibilidade ao ser questionado por jornalistas. "De jeito nenhum. Não tem a menor chance. Os brasileiros pagam impostos demais. Ninguém aguenta mais pagar imposto. Enquanto eu for presidente da Câmara, não vai se votar nenhum aumento de imposto", afirmou.
O democrata fez duros ataques a Guardia, cuja conduta classificou como "irresponsável'. "Não vai ter (aumento de impostos) porque isso aqui é uma democracia e ele não manda no Congresso Nacional. O que ele fez ontem foi muito irresponsável. Num momento de crise em que está se tentando diminuir a mobilização, tentar colocar o Brasil no eixo novamente, ele vem falar de aumento de imposto. O movimento todo tem de fundo a redução de imposto e ele fala o contrário", disse o presidente da Câmara.
De acordo com Maia, a equipe técnica precisa entender que "os números deles tiraram o Brasil da recessão, mas os brasileiros continuam na recessão" e deve ser encontrada outra solução. "Não adianta falar apenas para os investidores. Falta o governo falar para os brasileiros", disse. "Não pode devolver para a sociedade uma responsabilidade que é do Estado", completou
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