Em sua sentença, Bretas afirmou que Eike pagou 16,5 milhões de dólares em propina a Cabral quando este governava o Estado do Rio de Janeiro para que o então governador usasse seu cargo para beneficiar os interesses de seu grupo empresarial.
"O condenado Eike Batista, influente empresário brasileiro, foi o responsável pelo esquema de corrupção e de pagamentos indevidos a Sérgio Cabral tratado nestes autos. A arquitetura criminosa foi engendrada em sua própria empresa, sendo de muito difícil detecção para os órgãos de investigação, e não por acaso durante muitos anos o condenado logrou evitar fossem tais esquemas criminosos descobertos e reprimidos", escreveu Bretas.
"Trata-se de pessoa que, a despeito de possuir situação financeira abastada, revelou dolo elevado em seu agir. Homem de negócios conhecido mundialmente, e exatamente por isso, suas práticas empresariais criminosas foram potencialmente capazes de contaminar o ambiente de negócios e a reputação do empresariado brasileiro, causando cicatrizes profundas na confiança de investidores e empreendedores que, num passado recente, viam o Brasil como boa opção de investimento.
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