segunda-feira, 28 de julho de 2014

PROTESTOS FAZEM PRESIDENCIÁVEIS MUDAREM DE DIREÇÃO

Primeira eleição depois de a população ocupar as ruas do país em junho do ano passado e cobrar mudanças da classe política, a disputa que chega às urnas em outubro une os candidatos quando o assunto é a tentativa de construir um perfil de político que ganhe a simpatia e o voto dos manifestantes. Para atrair esse público, os três principais candidatos à Presidência — a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) — prometem garantir a participação popular em seus governos.

É o que mostram as três diretrizes de governo apresentadas à Justiça Eleitoral, com discurso comum de reforçar a participação popular. Os três destacam que os programas finais de governo das candidaturas vão ser construídos em parceria com a sociedade. A nuvem de palavras feita pelo Correio com a união dos três textos mostra em destaque as palavras “desenvolvimento”, “políticas”, “social”, “participação”. “Qualidade” também é recorrente no texto dos presidenciáveis.

Direta ou indiretamente, Dilma, Aécio e Eduardo lembraram as manifestações de junho e tentam se mostrar atentos às reclamações da população. Na prática, no entanto, eles vão ter de se esforçar para convencer o eleitor.


Ao lado de Marina Silva, Eduardo Campos reforça no texto entregue à Justiça eleitoral que a união entre os dois é uma “aliança programática”, e não uma “pragmática”. A ideia, repetida em entrevistas, é se diferenciar das “velhas raposas políticas”, alvejadas pela população em junho de 2013, que, segundo ele, fazem alianças apenas para garantir minutos na televisão. Em seu governo em Pernambuco, no entanto, Eduardo fez uma ampla aliança com partidos, quase não teve oposição e recebeu apoio de políticos geralmente tachados como representantes da “velha política”, caso de Inocêncio de Oliveira e Severino Cavalcanti

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