sábado, 12 de julho de 2014

SELEÇÃO VOLTA A CAMPO EM BUSCA DA HONRA

 
Felipão durante coletiva na Granja Comary, em 09/07/2014
Felipão durante coletiva na Granja Comary, em 09/07/2014 - Mowa Press
“O que tentamos nos últimos dias foi recuperar a parte psicológica, trabalhando de forma que os jogadores tivessem a perspectiva de jogar contra a Holanda como se fosse nosso sonho principal na Copa", disse Felipão
No fim de uma campanha marcada pela pressão e pela instabilidade emocional, a seleção brasileira espera entrar em campo mais leve neste sábado, contra a Holanda, em Brasília, na decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo. Ainda que a partida não atraia a mesma mobilização do torcedor local, a equipe espera amenizar um pouco a impressão negativa deixada na fatídica semifinal contra a Alemanha. Os jogadores e o técnico Luiz Felipe Scolari sabem que o bronze não vai apagar a goleada sofrida diante dos alemães no Mineirão. Fazer uma partida digna, porém, seria uma forma de fechar a participação no Mundial com um modesto prêmio de consolação – e, como já não existe grande expectativa por parte do torcedor, Felipão acredita que a equipe terá como render mais no Estádio Nacional Mané Garrincha. “Não estamos mais nervosos, porque o objetivo principal já não é possível”, disse ele na sexta-feira.
De acordo com o treinador, os últimos dias foram difíceis para o grupo. “E provavelmente isso será difícil para o resto das nossas vidas, já que essa derrota será relembrada por muito tempo por todos”, lamentou. “O que tentamos nos últimos dias foi recuperar a parte psicológica, trabalhando de forma que os jogadores tivessem a perspectiva de jogar contra a Holanda como se fosse nosso sonho principal na Copa. A situação é horrível, mas acho que já a revertemos em 75%”, calculou Scolari. “Trabalharemos até a manhã do jogo para entrarmos em campo com condições e perspectiva de conseguir o terceiro lugar e dar pelo menos uma pequena alegria ao povo.” Felipão voltou a dizer que não se arrepende de ter estabelecido o título como única meta de sua equipe no Mundial. “Precisava passar uma mensagem de otimismo ao nosso povo e à nossa torcida. Não podia dizer que ficar entre os quatro estava bom.”
O técnico também procurou defender a campanha, mesmo admitindo a decepção de estar fora da decisão de domingo, no Maracanã. “O que me interessava era chegar à final. Não cheguei. Estou em débito com quem me deu confiança. Mas não vejo a eliminação como negativa, a não ser pelo resultado catastrófico de 7 a 1. Se fosse 1 a 0, não seria catastrófico, mas teríamos perdido igual. No final, podemos estar mal pelo resultado, mas, se examinarmos bem as coisas, chegar entre os quatro não é o fim do mundo como algumas pessoas estão falando.”

O técnico, que não revelou seu time para a partida derradeira contra a Holanda, confirmou apenas que colocará em campo um time diferente. “Vou mexer em uma ou duas posições. Temos atletas que jogaram pouco ou nem jogaram.” É possível que os atacantes Fred e Hulk sejam trocados por Jô e Willian. No meio, Fernandinho pode devolver a vaga de titular a Paulinho

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