O Congresso do PT que se encerrou neste sábado em Salvador teve aplausos a investigados por corrupção, ataques à imprensa e bravatas do ex-presidente Lula. Como novidade, apenas a constatação de que o partido está em uma grave crise e não faz ideia de como sair dela.
"Estamos vivendo um momento muito difícil e delicado", declarou o ex-presidente Lula na sexta-feira. O documento final aprovado pela sigla, bem mais ameno do que se pretendia, também reconhece a situação.
Enfraquecido pelas investigações da Lava Jato e pela baixa popularidade da gestão Dilma Rousseff, o PT transformou a política econômica do governo em alvo principal de suas críticas no congresso. Os grupos mais radicais pediam a cabeça do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Mesmo nas alas mais pragmáticas, as queixas eram audíveis.
Metade da bancada do PT na Câmara, por exemplo, subscreveu um documento atacando o ajuste fiscal implementado por Dilma. "Este reposicionamento adota políticas de caráter recessivo, com aumento de juros que provoca desaceleração econômica e desemprego", diz a carta. Na abertura do congresso, um grupo da juventude petista chegou a gritar palavras de ordem contra a política econômica do governo
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