sexta-feira, 19 de junho de 2015

VENEZUELA IMPEDE SENADORES DE VISITAREM LÍDERES DA OPOSIÇÃO

Senadores brasileiros em visita à Venezuela enfrentaram protestos de partidários do governo na capital do país, Caracas, nesta quinta-feira (18). O grupo de oito parlamentares da oposição foi ao país vizinho para pressionar o presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições legislativas.
Senadores brasileiros foram recebidos em Caracas por  Lilian Tintori (centro) e María Corina Machado (de branco) (Foto: Reprodução/Twitter)
Segundo relatos feitos pelas redes sociais de Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aloysio Nunes (PSDB-SP), o grupo não conseguiu sair da região do aeroporto em um primeiro momento. "Ficamos por quase meia hora tentando sair das cercanias do aeroporto, mas fomos impedidos. Ouvimos duas justificativas esfarrapadas. A primeira foi a de que o impedimento se deu por causa do transporte de um prisioneiro vindo da Colômbia. A segunda foi um acidente. Por essa razão, decidimos voltar ao aeroporto e esperar que se resolva esse imbróglio", afirmou Nunes no Facebook.

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Segundo a Folha de S.Paulo, ainda na saída do aeroporto o micro-ônibus com os senadores foi cercado por partidários do governo, gritando "Chávez [ex-presidente da Venezuela] não morreu, se multiplicou".
Apoio a opositores
A comitiva de senadores foi recebida pela deputada cassada María Corina Machado; por Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, principal líder das manifestações do país em 2014; Mitzy Capriles, casada com Antonio Ledezmaprefeito de Caracas preso no começo do ano; Patricia de Ceballos, esposa de Daniel Ceballos, do partido Vontade Popular, também preso. 

>> Quem é Leopoldo López, o líder da oposição preso na Venezuela

Nas redes sociais, elas também se manifestaram contra a recepção dos brasileiros. “Em menos de três horas os senadores brasileiros descobriram o que é viver na ditadura hoje na Venezuela", escreveu Maria Corina no Twitter.

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