sábado, 21 de maio de 2016

MINISTRO DA FAZENDA PARA SALVAR O BRASIL


Há pouco mais de duas semanas, os economistas Mansueto Almeida, Marcos Mendes, Paulo Correa e Sérgio Ferreira Guimarães se encontraram em um bar na Asa Sul, em Brasília. Entre um chope e outro, conversavam sobre como seria o governo de Michel Temer, antes mesmo da votação do processo deimpeachment de Dilma Rousseff no Senado. Todos, exceto Guimarães, que assessora o senador tucano Aécio Neves (MG), haviam sido convidados pelo hoje ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para assumir alguma secretaria da Pasta. Nem todos estavam seguros do que decidiriam.
>> Os novos poderes de Henrique Meirelles

Mansueto Almeida, um dos maiores conhecedores de contas públicas do país, hesitava em aceitar o cargo mais condizente com seu currículo, o de secretário do Tesouro. Nos dez dias anteriores, havia assistido a três apresentações de técnicos do órgão sobre a situação das contas. Os números pareciam tão tenebrosos que ele decidiu não se associar diretamente a essa empreitada. Mas, diante do convite aberto para se integrar à nova equipe de governo como preferisse, refletiu mais. Na segunda-feira, dia 16, optou afinal pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae). O órgão tem uma nova missão: avaliar o custo e o benefício de políticas públicas, a fim de mudar ou encerrar as piores – uma prática tão lógica quanto rara no Brasil, e que certamente provocará gritaria entre os que se sentirem prejudicados. E pensar que Mansueto achou essa a mais palatável.

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