quinta-feira, 26 de maio de 2016

DEFESA DE DILMA USARÁ DECLARAÇÕES DE JUCÁ


O PT se prepara para uma fase mais técnica do processo de impeachment. O objetivo é pedir diferentes documentos e perícias, mas também fazer uso político de situações negativas no governo Temer. Para aproveitar a primeira crise do presidente em exercício, os petistas querem inserir a gravação do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, no processo.

A comissão processante retornou aos trabalhos nesta quarta-feira, 25, e o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) apresentou uma sugestão de calendário para os trabalhos. O cronograma será votado pelo colegiado na próxima semana. Na proposta, constam duas semanas dedicadas a ouvir testemunhas, apresentação de documentos e perícias.

Nessa etapa, os petistas querem trazer o diálogo entre o senador Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O objetivo é alegar que há vício no processo de impeachment, à semelhança do que foi feito quando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi afastado do cargo pelo Supremo sob o argumento de desvio de finalidade na função.

Da mesma forma, os petistas querem fazer uma correlação da atuação de Jucá, que foi um dos principais articuladores do processo de impeachment, com desvio de finalidade. "Ele fala na conversa que é preciso trocar o governo, fazer o impeachment. Mas ele não fala ali sobre pedaladas, sobre créditos suplementares. O argumento é parar a Lava Jato", disse o petistas Lindbergh Farias (PT-RJ). No diálogo Jucá fala sobre trocar o governo para "estancar" a operação da Polícia Federal

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