sexta-feira, 13 de maio de 2016

MEIRELLES DIZ QUE VAI CORTAR DESPESAS PÚBLICAS


O novo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante cerimônia de posse do novo ministério do presidente da República em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 12/05/2016
"O que é importante é que se estabeleça uma meta [fiscal] que seja realista e cumprida", disse novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles(Ueslei Marcelino/Reuters)
O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira, em entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, que a primeira medida do governo de Michel Temer na área econômica será o controle do aumento das despesas públicas. "Temos de controlar o crescimento das despesas públicas. Estamos trabalhando em um sistema de metas de despesas, onde não haja crescimento real [acima da inflação]. As contas deverão ser mantidas em termos nominais. Portanto, é muito importante que essas medidas, quando anunciadas e implementadas, sejam mantidas", disse.
Meirelles também enfatizou a importância de o governo começar a "dizer a verdade" e ter clareza sobre a situação das contas públicas. "Primeiro nós temos que mostrar o que está acontecendo, fazer um trabalho bastante sério, como já estamos fazendo, de levantamento de dados. A partir daí, com segurança e clareza, vamos tomar as providências e medidas necessárias, em um prazo relativamente breve."
Ele ainda afirmou que o déficit de mais de 96 bilhões de reais previsto para o governo central na nova meta fiscal para este ano é substancial, mas "tudo indica" que número é ainda maior. Ele destacou que levantará todos os dados das contas públicas para a seguir anunciar medidas para o reequilíbrio fiscal, incluindo cortes em despesas.
"O que é importante é que se estabeleça uma meta [fiscal] que seja realista e cumprida. E que depois sirva de base para a melhora das contas públicas. Isto é, que as despesas possam ser cortadas, e que a partir daí a trajetória da dívida pública comece a ter um outro nível de direção."
Sobre uma possível alta da carta tributária, ele avaliou que a recriação da CPMF "preferencialmente" não deveria ocorrer e que não seria instituída de maneira precipitada, mas não descartou sua necessidade.
Ao comentar a reforma da Previdência, o ministro da Fazenda defendeu que se estabeleça uma idade mínima para aposentadoria pelo INSS. "Haverá uma idade mínima de aposentadoria", disse. "O que precisa é uma determinação de governo. Vamos fazer. E apresentar uma proposta factível para sociedade. Idade mínima com uma regra de transição", completou.
Meirelles comentou que o presidente do Banco Central (BC) continuará com status de ministro enquanto não for aprovada uma emenda constitucional que mudará essa prerrogativa, estendendo o foro privilegiado também aos diretores do BC. Ele prometeu ainda anunciar o nome do próximo presidente da autoridade monetária na próxima segunda-feira. O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfjan, é o nome mais cotado

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