sexta-feira, 26 de maio de 2017

ATO DE FORÇA ENFRAQUECE MICHEL TEMER

Entre a noite de quarta-feira (24) e a manhã de quinta-feira (25), o presidente Michel Temer assinou e revogou um decreto que, na prática, colocava as Forças Armadas para fazer o papel de polícia nas ruas de Brasília. Num período de cerca de 12 horas, Temer tomou uma atitude de forte impacto e recuou. Sua segunda decisão foi sensata. Na política, no entanto, o recuo não necessariamente conserta a situação. A ida e a volta são lidos como sinais explícitos da fraqueza de Temer no momento em que sua capacidade de permanecer no cargo diminui a cada dia.
Exército em guarda em frente a ministérios na Esplanada dos Ministérios em Brasilia (Foto: Adriano Machado/ÉPOCA)
Temer justificou a decisão como uma resposta a um pedido feito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM, para reforçar a segurança durante os protestos violentos na Esplanada dos Ministérios na tarde de quarta-feira. Mas, pressionado pela péssima repercussão, Maia divulgou o ofício que enviara a Temer: ele pedia reforço da Força Nacional, uma tropa formada por policiais militares, não das Forças Armadas, integradas por Exército, Marinha e Aeronáutica. Há um oceano de distância entre as duas. Ficou péssimo para Temer

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