domingo, 14 de maio de 2017

DELAÇÃO DE MARQUETEIROS PRESSIONA DILMA, LULA E O P.T.

João Santana e Mônica Moura
João Santana e Mônica Moura deixam a sede da Policia Federal em Curitiba, em 5 de maio
Menos de 24 horas depois do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, decidiu retirar o sigilo das delações do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura.
Os documentos dos publicitários, que comandaram as principais campanhas do PT nos últimos anos, trazem inúmeras e duras acusações contra Lula e contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, aumentando a pressão contra o PT.
Em anexo de sua delação premiada, uma espécie de relato do que o delator pretende dizer ao Judiciário, o marqueteiro fez a acusação de que Lula e Dilma sabiam sobre pagamentos oficiais e de caixa 2 em troca de serviços prestados durante campanhas eleitorais. 

"Apesar de nunca ter participado de discussões finais de preços ou contratos - tarefa de Monica Moura - João Santana participou dos encaminhamentos iniciais e decisivos com Antonio Palocci. Nestes encontros ficou claro que Lula sabia de todos os detalhes, de todos os pagamentos por fora recebidos pela Pólis, porque Antonio Palocci, então Ministro da Fazenda, sempre alegava que as decisões definitivas dependiam da "palavra final do chefe”, diz trecho do documento da delação premiada de Santana.
Santana disse ter participado de encontros com Palocci nos quais disse ter ficado claro que Lula sabia de todos os detalhes, de todos os pagamentos por fora recebidos pela Pólis, empresa de Santana.
Segundo João Santana, em momentos críticos de inadimplência durante as campanhas, era ele quem dava o "alerta vermelho", ameaçando com a interrupção dos trabalhos. Em uma dessas ocasiões, na campanha de Lula à reeleição em 2006, o ex-presidente acionou o ex-ministro Antonio Palocci, que "colocou a empresa Odebrecht no circuito".v

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