segunda-feira, 22 de maio de 2017

GUERRA NA SUCESSÃO DA PGR - JUNOT VERSUS TEMER

Rodrigo Janot e Michel Temer
O mandato de Janot termina em setembro. Caberá a Temer, se resistir, nomear o seu sucessor

troca de comando na Procuradoria Geral da República (PGR) em setembro deverá fazer da guerra aberta contra Michel Temer pelo atual “xerife” um combate do tipo “matar ou morrer”. Se Rodrigo Janot nocautear o presidente ou ao menos deixá-lo grogue no ringue, poderá salvar a tradição recente de sua corporação escolher ela mesma seu líder. Mais: talvez consiga manter seu grupo no poder em uma PGR dividida entre fanáticos da Operação Lava Jato e alas sem tanto apego ao caso.
O desejo de ver Temer fora do cargo foi explicitado por um dos homens fortes de Janot e da Lava Jato, o secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria, Vladimir Aras. Logo após vir a público a notícia da explosiva delação da JBS contra o presidente, Aras comentou no Twitter: “Diante de uma denúncia tão grave, a solução adequada em qualquer lugar do mundo seria a renúncia”.
As ações de campo realizadas na quinta-feira 18 pela Polícia Federal (PF) contra vários alvos do inquérito em que Temer está metido abasteceu a Procuradoria com novo material para acossar o presidente. Foram vasculhados, por exemplo, endereços ligados a um personagem citado como recebedor de grana em nome do peemedebista, João Baptista Lima Filho, o “Coronel Lima”, velho amigo do presidente.
Se Temer sobreviver à guerra, porém, Janot e seu grupo correm o risco de entrar para a história da PGR como “coveiros” da lista tríplice, aquela relação de três nomes eleitos em votação dos procuradores que serve de base para a nomeação do “xerife” desde 2003.
O peemedebista comentou em abril que a lista “tem sido respeitada nos últimos anos, mas não há nenhuma previsão constitucional que me obrigue a segui-la”. Furioso com a Procuradoria por estar à beira da degola, é possível que, se chegar a setembro, ignore a lista e tire alguém da cartola. Alguém dócil e de sua confianç
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