segunda-feira, 15 de maio de 2017

EX GERENTE DA PETROBRÁS TEM QUE DEVOLVER 90 MILHÕES

O delator Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e ex-diretor da Sete Brasil, foi condenado pela juíza Maria da Penha Nobre Mauro, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a devolver todo o dinheiro que obteve de propinas de contratos da Sete Brasil com estaleiros, além do bônus que recebeu por ter sido dirigente da empresa. A estimativa é que os valores, atualizados, girem em torno de 90 milhões de reais.
A magistrada rejeitou os argumentos da defesa do ex-executivo alegando que “há confissão”. Em sua delação premiada, Pedro Barusco relatou um esquema de propinas na Sete Brasil, criada especialmente para gerenciar a compra de sondas para o pré-sal. De acordo com a colaboração dele, os cinco estaleiros contratados para fornecer as 28 sondas necessárias pagaram propinas.
Barusco alegou que já devolveu todo o dinheiro a Petrobras, no âmbito de seu acordo de delação com o Ministério Público Federal, firmado em 2014. Na época, restituiu à estatal 97 milhões de dólares, 253 milhões de reais no câmbio de então. Na avaliação da juíza, essa é uma questão entre ele e a Petrobras, não tendo relação com a Sete Brasil, que tem o direito de receber de volta a parte desviada quando o executivo foi seu funcionário.
A juíza Maria Nobre Mauro acrescentou que, uma vez que ele já confessou, não faria sentido ouvir testemunhas ou mesmo acionar o MPF, cabendo a decisão direta que tomou. A causa foi movida pelo escritório do advogado Sérgio Bermudes, contratado pela Sete Brasil. O processo se baseia em um dispositivo legal que determina que o executivo devolva à respectiva companhia um benefício que receba em função de um cargo. “Não são só os mimos, as dádivas”, declarou a magistrada, avaliando que o recebimento estava diretamente associado à função

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