domingo, 3 de maio de 2015

A FORÇA E A FRAQUEZA DO DISTRITÃO DO PMDB

O vice-presidente Michel Temer durante cerimônia para anunciar as novas medidas de modernização do futebol
O vice-presidente Michel Temer, defensor do distritão(Ueslei Marcelino/Reuters)
O chamado distritão é uma das propostas com mais chance de aprovação na fragmentada e imprevisível discussão sobre a reforma política no Congresso. A ideia ganhou espaço na atual legislatura: este é o modelo defendido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pelo comando do PMDB e pelo presidente da Comissão da Reforma Política, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ainda assim, não será uma tarefa fácil. PT e PSDB, segundo e terceiro maiores partidos do Congresso, defendem modelos distintos.
O distritão consiste numa ideia simples. Nas votações para deputados estaduais e federais, cada unidade da federação funcionará como um grande distrito em que serão eleitos os candidatos mais votados, independentemente da coligação ou do partido. É uma lógica intuitiva: se há, por exemplo, trinta vagas em disputa, os trinta mais votados se elegem. A regra seria a mesma para a eleição de vereadores: os mais votados na cidade estariam eleitos. "Será que o voto dado a quem obteve 130.000 votos e não chegou ao Parlamento em face do quociente partidário é igual ao de quem obteve 85 votos e foi eleito? Será que o objetivo do constituinte foi esse?", indaga o vice-presidente Michel Temer, um defensor do distritão.

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