terça-feira, 12 de maio de 2015

GOVERNO VAI ENQUADRAR PETISTAS ANTI PACOTE FISCAL

Na véspera da votação, no plenário da Câmara, da primeira medida provisória do ajuste fiscal — a MP 665, que altera as regras do seguro-desemprego e do abono salarial —, o vice-presidente da República, Michel Temer, foi duro ao cobrar o apoio do PT ao arrocho econômico defendido pela equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O recado foi dado ontem, durante reunião da coordenação política do governo com a presidente Dilma Rousseff. Dizendo-se porta-voz de queixas de outros partidos da base, Temer disse que o PT ataca os aliados para posar de “bom moço” diante dos trabalhadores e dos sindicatos. A pressão foi sentida pela liderança do partido, que deve fechar questão em torno da MP, deixando passível de processo o parlamentar que votar contra.

 Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press - 28/5/13

A presidente Dilma Rousseff entendeu o recado e fez coro ao apelo de Temer, que ainda enfatizou que, se a MP não for aprovada, o arrocho no país poderá ser “radical”. Segundo o chefe da Casa Civil, ministro Aloizio Mercadante, Dilma pediu para que todos os ministros se empenhem na aprovação do ajuste fiscal. “Ela lembrou que o plano é importante para o país e que cada um deve contribuir para convencer os deputados a aprovarem a proposta”, disse Mercadante.

Escalado por Dilma, no início de abril, como novo articulador político do governo, Temer tem ouvido diversas queixas de integrantes da base aliada — não apenas do PMDB — sobre a postura ambígua do PT. Quando as primeiras MPs foram encaminhadas ao Congresso, no início do ano, os petistas afirmaram que “elas não seriam votadas da maneira como chegaram”. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) já realizou uma série de protestos pelo país, dizendo que as medidas propostas por Levy ferem direitos trabalhistas e previdenciários.

Outra queixa do PMDB é de que o PT impôs à presidente a pauta de ser contra a terceirização das atividades-fim, projeto que está em tramitação no Senado. Segundo peemedebistas, Dilma — que criticou a medida — não deveria interferir em um tema que ainda está em debate no Legislativ
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