No dia anterior à votação do relatório final da reforma política, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou o parecer elaborado pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). O documento traz algumas mudanças ao atual sistema político, entre elas o fim da reeleição e a criação do chamado "distritão" - modelo que acabou integrando o relatório por pressão do PMDB. Para Cunha, o relator, que é um de seus aliados na Casa, agiu com "paixão" e acabou lhe faltando "inteligência política" em determinados pontos, como na mudança no mandato de senadores. Depois de mais de três meses de discussão e ainda em meio à falta de consenso na Casa, o relatório aguarda apreciação na comissão especial, o que está previsto para esta terça-feira - mas Cunha defende que nem sequer haja votação. Se houver alguma conclusão, o trabalho do colegiado deve passar por expressivas mudanças e acabar praticamente esvaziado.
"Eu acho até que não devem votar [o relatório] amanhã. Eu acho que tem que votar depois que a gente organizar essa semana inteira. Votar na quinta ou até na segunda ou terça que vem. Acho que se votar sem evoluir o debate, a gente pode inviabilizar a votação. É preferível até que a comissão não vote, que leve para plenário", disse nesta segunda-feira o presidente da Câmara.
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