Na briga para obter o direito de liderar o PMDB por mais um ano, Leonardo Picciani tem um discurso que soa como música para os ouvidos governamentais em todos os níveis, ao defender a aprovação da CPMF com metade da arrecadação destinada a estados e municípios. Diz ainda que o atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha, “falhou” ao colocar em pauta uma “agenda mais pessoal” sem dar mais agilidade à discussão de temas econômicos. Ressalva, entretanto, que as críticas ao presidente da Casa não significam que esteja disputando essa vaga: “É um tema extemporâneo. Não se disputa cargo que não está vago. Portanto, esse tema não será tratado por mim”. A seguir os principais trechos da entrevista.
O PMDB vive um momento em que não está conseguindo sequer encontrar consenso sobre uma data para realizar a eleição do novo líder. O que está acontecendo com o partido? Não é com o partido. Todos os partidos estão com posições divergentes. Acho que é fruto da natureza dos temas que estão em discussão no momento.
Por exemplo? O processo de impeachment (da presidente Dilma Rousseff), as medidas econômicas de ajuste fiscal, CPMF, DRU, discussão de medidas tributárias, reforma da Previdência. São temas que trazem divergência. Isso não é uma exclusividade do PMDB.
Caso se mantenha na liderança, o senhor vai defender a aprovação da CPMF e das outras medidas econômicas apresentadas pelo governo? Eu tenho todo o direito, assim como qualquer deputado, de manifestar minhas posições pessoais. Agora, a posição da bancada será sempre expressa pela decisão da maioria da bancada.
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