quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

CERVERÓ AFIRMA QUE O NEGÓCIO DE COLLOR É DINHEIRO


Waldemir Barreto/Agência Senado - 31/8/15


O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró citou o senador Fernando Collor (PTB-AL) em suas declarações à Procuradoria-Geral da República, preliminares ao acerto de colaboração premiada que firmou na Operação Lava-Jato. Segundo o delator, "o negócio do Collor é dinheiro, ela não arrecada para partido, mas para ele mesmo."

Cerveró fechou o acordo no dia 18 novembro de 2015. O executivo está preso desde janeiro do ano passado.

No documento entregue ao Ministério Público Federal, o delator afirmou que estudou com Collor no Rio e "sabe que o mesmo é rico de família e muito esbanjador".

O delator citou o ex-ministro do governo Collor Pedro Paulo Leoni Ramos, apontado pelos investigadores da Lava-Jato como operador de propinas do senador. "Soube através de Pedro Paulo Ramos, que foi paga propina e que foi repassado para Collor, pelo próprio Pedro Paulo Ramos, mas não sabe precisar o valor correto. Mas em certa oportunidade, Pedro Paulo Ramos mostrou uma tabela de valores mensais para Fernando Collor, que chegava, na margem de milhões de reais", afirmou.

Collor já foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro na Lava-Jato. O senador também é alvo de outros dois inquéritos sobre o tema.

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