terça-feira, 2 de abril de 2019

BOLSONARO É DENUNCIADO NA ONU.

O jornalista Vladimir Herzog, morto na ditadura militar do Brasil. Foto: Divulgação
O Instituto Vladimir Herzog entrou com uma denúncia na ONU (Organização das Nações Unidas) contra o presidente Jair Bolsonaro pela “tentativa de modificar a narrativa do golpe de estado de 31 de março de 1964 no Brasil”. A informação foi passada ao blog pelo diretor-executivo Rogério Sottili. Isso se deu após o presidente recomendar a comemoração da data, que aconteceu ontem, e dizer que a ditadura não existiu no Brasil.
De acordo com ele, amanhã (2) também será lançado um livro que relembra o período. “O livro Cativeiro Sem Fim, do jornalista Eduardo Reina, apresenta 19 casos de crianças e jovens sequestrados pelos militares durante a ditadura. É a primeira vez que temos um extenso trabalho de pesquisa sobre esse tema importantíssimo. Um passo definitivo para discutirmos o que de fato foi a ditadura militar, com seus atos de barbárie e crueldade”, afirmou o diretor-executivo do Instituto que leva o nome do jornalista Vladimir Herzog, que foi um dos mortos pela ditadura no Brasil.
Segundo ele, o fato de o presidente estar incentivando a “comemoração” dos 55 anos do golpe “é um crime” e demonstra que o presidente tem dificuldade em entender que a ditadura militar é considerada pela Constituição como um ato criminoso de violência, que jamais poderia ser comemorado. De acordo com ele, o período deveria ser lembrado para que não acontecesse mais.
“O Brasil é signatário de diversas convenções internacionais e, portanto, também sob orientação jurídica do Tribunal Penal Internacional, esse gesto é condenado. Por conta disso, o Instituto Vladimir Herzog impetrou, em conjunto com vítimas e familiares de vítimas da ditadura militar, um mandado de segurança para que o STF [Supremo Tribunal Federal] se manifeste, no sentido de proibir qualquer manifestação do presidente da República que comemore esse período”, afirmou

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