sexta-feira, 5 de abril de 2019

PALESTINOS CRITICAM GOVERNO BOLSONARO.


Após palestinos criticarem a decisão do governo brasileiro de abrir um escritório comercial em Jerusalém, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a medida. Em reação ao anúncio feito no último domingo (31), a Autoridade Palestina informou que irá chamar seu embaixador no Brasil para decidir uma resposta.
Questionado por jornalistas nesta segunda-feira (1), em viagem a Israel, o presidente afirmou que ”é direito deles reclamar”. “A gente não quer ofender ninguém. Agora, queremos que respeitem a nossa autonomia”, completou.
A decisão de abrir o escritório foi divulgada neste domingo, após reunião de Bolsonaro com o premiê Benjamin Netanyahu.
Em nota, o Ministério de Relações Exteriores palestino disse que considera a medida “uma violação flagrante da legitimidade e das resoluções internacionais, uma agressão direta ao nosso povo e a seus direitos e uma resposta afirmativa para a pressão israelense-americana que mira reforçar a ocupação e a construção de assentamentos e na área ocupada em Jerusalém”.
Em novembro, após ser eleito, o presidente disse que transferiria a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, mas recuou após repercussão negativa, incluindo o setor do agronegócio, uma vez que a medida poderia afetar exportações brasileiras de produtos como a carne.
A abertura do escritório foi um meio-termo um pouco mais confortável para o corpo diplomático brasileiro - que, em grande parte, não concorda com a transferência da embaixada, apesar do apoio do chanceler Ernesto Araújo à ideia de Bolsonaro.
Mudar a embaixada de local significa reconhecer Jerusalém como capital de Israel, o que a Organização das Nações Unidas (ONU) não só não faz como já pediu aos países que não sediem missões diplomáticas na cidade.

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