O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) conversa com o deputado Renan Filho (PMDB-AL) durante votação da Lei Geral da Copa, no Senado Federal, em Brasília - 09/05/2012 (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Em qualquer carreira, é comum que (bons) profissionais leguem prestígio a seus herdeiros. Na política, contudo, essa lógica causa apreensão. Políticos têm a missão de zelar pelo bem público. Quando seus laços familiares se sobrepõem ao compromisso com o eleitor, a democracia sai enfraquecida. Mesmo que seja permitido aos caciques transmitir aos filhos seu capital político, a perpetuação dessas "dinastias" pode debilitar a saúde do regime democrático.
“A eleição dos filhos acaba sendo um mecanismo de oligarquização da política com grupos que têm um compartilhamento de interesses políticos, econômicos e sociais e que pensam igual, agem igual e escondem muitas vezes o que se convencionou chamar de malfeitos. Isso colide com o interesse público”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP
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