Mas até que a extradição seja avaliada, Marin e os demais dirigentes pediram para aguardar a sentença em liberdade. A decisão será tomada nos próximos dias pelo Tribunal Penal Federal, que avaliará o caso. O maior obstáculo é que os presos não têm propriedades na Suíça e, por isso, não teriam como dar garantias de que não fugiriam. “Existe o risco de fuga”, disse a assessoria de imprensa da Polícia, que considera pequena a chance de a liberdade condicional ser concedida.
Nos bastidores, porém, os advogados dos envolvidos buscam uma outra saída. A ideia é fazer um depósito milionário que represente uma garantia de que os suspeitos não fugirão. O dinheiro ficaria congelado em uma conta controlada pela Justiça na Suíça. Os valores não foram revelados.
Em um comunicado, o Departamento de Justiça da Suíça explicou o que essa possibilidade representaria. “A liberação sob caução ou outra condição não está excluída. Mas raramente é concedida. De fato, em alguns casos, mesmo cauções muito elevadas e outras medidas de garantia - como a obrigação de se apresentar e o depósito de documentos de identidade - não impediram que pessoas buscadas pudessem escapar”.
No recurso, os advogados apresentam dois outros fatores para justificar a liberação de Marin: seu estado de saúde e sua idade (83 anos). Para o sistema judiciário suíço, porém, essas condições não necessariamente seriam fatores para autorizar uma liberdade condicional.
Em caso de problemas médicos, o Departamento de Justiça indica que Marin pode ser examinado por um médico a seu pedido ou sob a ordem da direção da prisão. “Se o médico estimar que ele não pode ter tratamento de maneira ambulatorial, o Departamento de Justiça o transferirá a um hospital com uma estrutura de detenção”
Nenhum comentário:
Postar um comentário