- O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse nesta terça-feira (27) que o tempo previsto para a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, de nove meses, é "insuficiente" para atingir as causas da violência no Rio. O general falou a jornalistas após a solenidade de posse do novo ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann.
"Esse tempo [nove meses] é insuficiente para que se possa atingir com profundidade as causas que levaram a esse estado de coisas. É um trabalho que certamente necessitará de prosseguimento e e agora, com a criação do Ministério da Segurança, creio que estão sendo promovidas condições estruturais para que isso aconteça." O comandante disse que o novo ministério era necessário "porque todo o combate à criminalidade no Brasil carece de um mínimo de integração e de parâmetros".
Em resposta a uma jornalista que indagou se poderia haver uma "carnificina" no Rio gerada por confrontos entre militares e organizações criminosas com armas pesadas, o general respondeu: "Esse risco sempre existe, por isso são tomadas medidas muito estreitas no que a gente estabelece e chama de regras de engajamento. Cada militar sabe exatamente como deve se portar em situações eventuais para evitar exatamente atingir a população."
Para Villas Bôas, a intervenção federal na segurança pública terá duas grandes áreas de interesse como objetivo dos militares. "Nós temos dois centros de gravidade a atingir: primeiro é melhorar a percepção de segurança da população, população está até acuada. E para isso é necessária a presença da polícia na rua. O segundo centro de gravidade é o do crime organizado. Para isso vamos precisar inteligência, resposta imediata, comando e controle, mobilidade e o apoio, como eu disse, dos órgãos do Judiciário."
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